Lendo os relatos do Pedro Batalha e do Sérgio, pesca aos robalos á noite, douradas ao romper do dia e sargos pela tarde, lá consegui arranjar uma maré ao fim de semana que me proporciona-se as condições de pesca para tal façanha.
Ansiosamente via as previsões meteorológicas a sofrer alterações.
O vento era o que me preocupava. Moderado a forte do quadrante norte e que influenciava a ondulação.
Chegado o dia teimosamente lá me fiz á estrada depois do almoço, na companhia do Mestre António, para me fazer companhia e mostrar-lhe outras paragens.
Chegado ao local verificamos que as condições de pesca seriam boas excetuando o vento moderado, aguas azuis mexidas suficientemente para dar uns peixes.
Aproveitamos o tempo que tínhamos antes de pescar para fazer um reconhecimento pela zona de forma a que numa próxima vez pudéssemos variar de pesqueiro.
Aproximava-se a hora da pesca e demos o reconhecimento por encerrado. Dirigimos ao pesqueiro escolhido.
O Mestre António ia fazer a sua estreia com o Peão.
Montei-lhe a minha Shimano SpeedMaster de 6m com o meu Daiwa Cpricorn 4000 com multifilar Berkley 0.17 .
O Peão e´made in Pedro Batalha e a montagem é de sua autoria também.
Faço um balde de engodo á moda do Luís Batalha e uma iscada de camarão á Luís Batalha.
Estava tudo pronto para pescar. O pessoal ali perto pescava ao fundo na esperança das douradas, com ceptismo viram-nos chegar com todo o material de boia ás costas e a rebeca pendurada no topo das canas.
Colher de engodo na agua de seguida fiz o primeiro lançamento e expliquei o que sabia sobre a pesca com peão ao Mestre António.
Entre muita conversa e movimentos de cana e carreto o isco desapareceu do anzol e eu nada senti. Fruto do tempo despendido nas explicações de como se precede.
O segundo lançamento já foi feito pelo Mestre António. Era a primeira vez que pescava com material pesado e uma cana de 6 mt.
Lançamento apos lançamento o isco vinha ratado ou desaparecia do anzol.
As Ferragens tornavam-se difíceis devido ao arco que a linha tinha derivado ao vento que se fazia sentir.
O Mestre António ia apanhando jeito e já começava a sentir o peixe até que começou a ferra-los.
Saíram alguns peixes jeitosos incluindo umas salemas.
Num dos lançamentos ferrou um bom peixe que na altura de iça-lo ele partiu a linha.
Outros tantos toques outro bom peixe e o destino foi que a linha se partiu novamente.
O pessoal que estava ao fundo ja abeirava para observar a nossa pesca e lá conversamos sobre esta forma de pescar e sobre os pesqueiros da zona e que peixes dá e em que condições.
Claro que o tema central foi as douradas e a sua captura.
A partir daqui a pesca mudou. Os toques começaram a ser mais escassos.
O peixe era miúdo.
Com o por do sol e as condições a agravarem-se decidimos voltar para casa sem ter comprido o objetivo de fazer a pesca aos robalos e as douradas ao romper do dia.
Tudo estava bom para que se concretiza-se esta aventura exceto o vento forte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário