segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Robalos em Sintra

 

 Foi em dezembro em que consultei o tempo e fui ver as feições do mar para pescar no dia seguinte,
A cor da água era bonita o mar tinha uma rebentação não muito forte e fui para casa tirei a sardinha da arca e pu-la a descongelar fui ver o tempo ao site do windguru consultei a tabela das marés e preparei o material de boia canas carreto rabeca mochila baldes iscas etc,
Fui de manha cedo, o mar estava a encher dirigi-me a Adraga e subi com a carrinha para as falésias que vão dar á Ursa,
Vi o mar em Alvidrar e não gostei muito da feição estava demasiado areado e tinha muita corrente.
Fui mais a sul a ver um pesqueiro que lhe chamam de Noiva, vi que tinha condições fazia feição,
Tinha fundão á beira uma coroa mais fora em que o mar despraiava em cima desta e perdia a força chegando á beira fazendo um remanso e pareceu-me ter condições bastantes indicativas para se engodar e pescar á boia
Tiro o material da carrinha meto pés ao caminho levo uma corda para descer o pesqueiro que é manhoso,
Quando chego descanso um pouco,  tiro um balde de água, faço o primeiro balde de engodo fino a ver se havia por ali uns sargos.
Monto a cana escolho a boia, empato o anzol e calibro a boia,.
Deito uma colher de engodo para traz  das as pedras e começo a pescar. Tiro um sargo com 800 gr aproximadamente.
Passado 20 minutos tiro outro com o mesmo peso e noto que os sargos são poucos naquele pesqueiro mas já tinha descido aquela falésia com o material todo ás costas e não me apeteceu mudar de sitio nem ir carregado outra vez com a sardinha para cima.
Pensei vou engodar mais grosso a ver se me aparece por aqui uns robalotes,
E assim foi. Ao fim de uma hora nada, duas horas nada.
 Quase no fim, em  que não havia sardinha para engodar, estou com a cana na mão a ver a boia e de repente esta mergulha fundo abaixo e eu levanto a cana e faço a ferragem. Quando  faço a Ferragem  vejo a cana a vergar-se toda e oiço a embraiagem do carreto a grilar e o peso na cana vergada e o carreto a sair linha pela bobine que nunca mais parava e eu senti logo um nervosismo,  uma emoção persentido um peixe grande,
Meto a cana a prumo a ver se metia o peixe á tona de água mas está bem está, ele não vinha depois daquela corrida que fez mar adentro sentia agora uma força e de vez em quando uns puxões fortes. 
Eu pensava muita coisa ao mesmo tempo onde o iria tirar se a linha não estaria roçada ou meio podre. Ele  continuava  a investir para dentro mais lento mas sentia um peso enorme e de vez em quando dava umas cabeçadas que me fez ter calma mas sentir-me nervoso ao mesmo tempo. 
Ao fim de cinco ou mais minutos o vejo lá longe com a cabeça de fora a abanar para um lado e para o outro a ver se conseguia desprender-se do anzol,
Eu comecei logo a olhar para a minha rabeca e fui dando linha quando ele  nadava para o fundo, e recuperando quando vinha a ajuda do mar.
Quando o mar fazia a escoa para dentro tinha de dar-lhe linha para não partir,
Quando ele  começa a aproximar,  agarro na rabeca meto-a dentro da cana e largo o cordel saindo a rabeca pela linha abaixo,
Puxo e vejo a boia passar pelo buraco mais pequeno da rabeca e pensei a boia já passou falta ele lá meter a cabeça e assim foi quando vi que ele tinha a cabeça dentro da rabeca puxei o cordel.  a rabeca virou ficando ele lá dentro e pensei já estás lixado. Puxei a corda com ele dentro da rabeca e ele ainda a estrebuchar aborrecido por estar fora de água e eu todo contente por ter tirado aquele exemplar com 4kg580gr. 
 Texto e fotos Luis Batalha

Um comentário:

Unknown disse...

Boa tarde Luís. Essa de pôr a
rabeca dentro da cana é fixe. Lololol!...Pois será a cana dentro da rabeca. Bem de brincadeira já chega. Parabéns por esse belo exemplar!...
Á Luís Batalha.
Abraço.
Boas pescarias.