Este pequeno relato tenta descrever o
momento em que o Ruben tirou aquela foto.
Nesse dia fui com o Vítor ao Abano para pescar à bóia com engodo e isca
de sardinha. O mar estava bruto e com enchios, mas numa enseada junto aos
cinzentos lá descobrimos uns pesqueiros onde dava para pescar.
A maré estava a encher e nós fomos para cima daquela pedra alta que
tinha uma poça atrás e outra pedra ainda mais alta por detrás da poça.
Até àquele momento tínhamos estado em perfeita segurança, mas já
tínhamos percebido também que não podíamos permanecer ali por muito mais tempo.
O Ruben estava em cima da arriba a ver-nos pescar quando se formou um sete de
ondas maiores. Eu e o Vítor percebemos que ia dar banho e em força, pelo que
recolhemos as bóias e só tivemos tempo de nos pôr costas com costas e de lado
para o mar para não oferecer muita resistência. Eu joguei a mão esquerda ao
braço direito do Vítor porque pensei que ele podia cair, mas quando levámos com
a onda, quem ia caindo era eu e foi aquela mão que me segurou. De qualquer
forma a queda não era grande e nem era para dentro de água, uma vez que ficava
na poça por detrás de nós e que estava uns bons dois metros acima do nível do
mar.
Parabéns, Mano.
Mais uma pérola para os teus álbuns.
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