quinta-feira, 26 de abril de 2018

Robalo ao anoitecer





 Pescava numa pequena enseada  ao Restaurante do Abano numa maré que virava já no lusco fusco. A praia do abano estava cheia de areia pelo que nas redondezas os fundos que costumam ser rochosos eram desta vez tinham muita areia. 

Naquele pesqueiro só tinha tirado sargos e tainhas nas vezes que la tinha ido. As tainhas quando um pouco maiores davam mais trabalho pois tinha de saltar de pedra em pedra para as tirar no fundo da enseada. 

Desta vez não tinha apanhado nada apesar do mar estar bom. nem sargos de arribação que encostam quando há muita areia nos pesqueiros. 

Já no com a claridade a cair muito e sem esperar,  sinto um grande puxão na cana e a correr para fora. Pensei logo em tainha pois ja as tinha ferrado naquele sitio. A luta continua e as tainhas costumam  dar grandes cabeçadas e vem a toda de agua dar as cabeçadas e neste caso assim não aconteceu. comecei a pensar então num robalo. 

Aí as coisas começaram a serem pensadas de outra forma. Mais calma e paciência pois o peso começava a revelar-se. Comecei a recuar para o fim da enseada sempre com muita atenção e tensão na linha. Com muita calma e também sorte consegui encalhar o peixe nas rochas com a ajuda da arrebentação.

Era um belo robalo. 



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