Os nosso carretos de bóia são vitimas de “
maus tratos” derivados ao tipo de pesca que fazemos.
A conceção do carreto e a qualidade dos
materiais utilizados são muito importantes para que um carreto seja fiável. O continuo
lançar e recolher, os toques nas pedras, as gorduras quer da iscagem
quer do engodo, salpicos ou mesmo banhos de agua salgada não ajudam nada á sua
conservação.
Sabendo nós que temos todas estas adversidade,
se juntarmos o desleixo e ausência de qualquer manutenção é certo e sabido que
o nosso carreto não durará muito mesmo que seja ele um topo de gama.
Deixo-vos algumas imagens elucidativas do que
pode acontecer aos carretos derivado de desleixo e falta de
manutenção ou por pequenos acidentes em ação de pesca.
Esta é uma das partes do carreto que mais contacto tem com a agua salgada.
O rodízio é composto por varias pequenas peças
podendo conter rolamentos.
O fio molhado ao passar pelo rodízio vai
originar uma acumulação de sal deteriorando e corroendo os seus componentes.
Este é sem duvida a primeira parte do carrete que deixa de funcionar
corretamente se não for feita frequentemente a sua manutenção
Corrosão pelo sal
Muitos do carretos que vemos á venda trazem
peças de plástico a que chamo de embelezadores.
Estas peças para alem de darem um aspeto mais
bonito aos carretos servem também de para-choque no contacto com as pedras.
O grande problema destas peças é que são
pontos de acumulação de sal e areias no seu interior.
Para os carretos que tenham este tipo de peças
é necessário fazer uma limpeza sempre que se vai á pesca de forma a evitar a
acumulação e corrosão do carreto
Por vezes temos o azar de deixar cair o
carreto sofrendo as consequências desse acidente. Peças partidas, carreto cheio
de areia ou simplesmente um valente
banho tudo pode acontecer.
Mal se chegue a casa devemos tomar as devidas providencias para minimizar
o prejuízo.
Limpeza e respetiva lubrificação.
Deficiente lubrificação
Massa lubrificante não apropriada
A deficiente lubrificação origina um prematuro
desgaste dos mecanismos encurtando consideravelmente a vida de um carreto.
Nem todas as massas são adequadas e também não se deve encharcar todo o
interior do carreto em massa lubrificante. A massa de lubrificação deve ser
própria para carretos colocando apenas
o necessário nas engrenagens para que
fiquem devidamente lubrificadas.
Veio arrasado
Este tipo de avaria não é muito habitual mas
pode ter sido provocado pela má colocação da tampa da bobine e respectivo
aperto. Por vezes também ao abrirmos os nossos carretos para fazer uma
manutenção mais profunda devemos ter muito cuidado no aperto dos parafusos. Por
vezes eles podem não entrar direitos e ao forçarmos a sua entrada estamos a
danificar ou o parafuso ou mais grave ainda a rosca do corpo do carreto.
Há um ditado popular que diz: “ O material tem
sempre razão”
Bobine corroída
Muitos dos carretos há venda no nosso mercado
não estão preparados para serem utilizados no mar. São carretos de agua doce.
Estes carretos quando expostos a ambientes
marinhos deterioram-se mais facilmente fruto da corrosão pelo salitre.
Felizmente já começa a haver a preocupação por
parte dos fabricantes na utilização de
novos materiais resistentes ao ambiente marinhos.
A utilização desse novos materiais incide em
especial nas bobines pois é aqui que o fio molhado permanece.
Chamo a atenção para quem utiliza multifilar.
Este tipos de linha tem um poder de absorção de agua maior que os
monofilamentos.O resultado pode ser a corrosão da bobine que se verifica mais
vezes nas bobines com multifilamento
Acumulação de sujidade no Porta carretos
Muitos de nós pescadores, quando acaba a sessão de pesca deixa o
carreto na cana ate á próxima ida á pesca.
Esquecem-se que o porta carretos também é um ponto de retenção de sal.
As idas sucessivas á pesca e sem retirar o
carreto da cana contribuem para o aparecimento de corrosão no pé do carreto.
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